23 de fev. de 2017

Às Vítimas de violências

Vida – morte – vida se alternam
gerando movimento
Não estagnem a vida!
Não somos apenas passivas,
Também somos ativas!

É difícil saber o que dizer, que posturas tomar, para não atropelar e não banalizar o sofrimento que é imenso. Tem gente muito jovem por aqui!

Inserir a violência no social nos tira do isolamento e podemos começar a perceber que a situação é bem mais grave por ser estrutural e o que é proposto é apenas mais violência.

Então, abrir e trilhar seu caminho de expressão para a metabolização e digestão do desgosto de termos sido roubadas de nossa identidade e dignidade. Colocando em palavras, em desenhos, em esculturas de argila podemos ir nos sentindo e nos vendo e situando os danos e os traumas para nos separar deles.

Para não ficar se enchendo de drogas, comidas e bebidas só se centrando muito em si para saber o que se precisa, então estar numa posição ativa de autocura e autotratamento experimentando o que a natureza nos oferece. A camomila me acalmou e me fez dormir melhor, por exemplo. E ir se vendo até não precisar mais reproduzir a violência, um longo caminho. E não esperar dos outros, porque o outro, está sempre em outro lugar. Falar apenas em ambientes protegidos com gente sensível aos casos de violências.

Aprender a socializar a angústia em forma de luta política, aderir às reivindicações de todas as mulheres do mundo neste 8 de março, dia de luta das mulheres, as mulheres vão se unir com todos os resistentes neste dia. O que gostaria de dizer? Eu diria:

Vida – morte – vida se alternam
gerando movimento,
não estagnem a vida!
Não somos só passivas,
também somos ativas!


PS: Neste Carnaval, proteja-se! 

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